quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

"4" é o 4º álbum do ano pelo Jornal The Guardian


O jornal britâncio The Guardian elegeu “4″ como o 4° melhor disco de 2011. Confira a matéria traduzida abaixo:
Pessoas que não gostam de R&B gostam de Beyoncé, então é fácil entender por que elas ficaram confusas quando o quarto álbum solo da cantora foi lançado, trazendo características de um R&B refinado e marcante. Diferente da maioria dos seus colegas de profissão, que passaram os dois últimos anos tentando aplicar o Efeito Guetta às suas músicas – colocando batidas europeias de sintetizadores nas músicas, criando um R&B comercial e homogeneizado – Beyoncé se ateve ao clássico. O público reclamou que “4″ tinha muitas baladas, que ele não tinha sucessos, que não era tão bom quanto à batida de “Run the World”, produzida por Major Lazer. Mas a faixa era apenas uma isca – uma sequência para Single Ladies com alguns toques ultra-modernos e trazendo Sasha Fierce à tona novamente.
Na verdade, “4″ acabou sendo um trabalho mais profissional, mas sem ser chato, como o termo “profissional” parece sugerir. O disco traz a musicalidade do amadurecimento de uma estrela do pop, o que costuma ser usado como uma expressão mais politicamente correta para “enchendo o saco” ou “desistindo”. Ambas imagens que Beyoncé afastou de si mesma. Isso aconteceu devido a sua escolha de produtores e compositores para as músicas. Madonna recorreu a Nicki Minak e MIA; sendo uma das maiores cantoras do mundo, o fato de Beyoncé ter escolhido the-Dream é um sinal de aparente confiança. Ele escreveu e produziu algumas das melhores músicas do disco, desde à exibição de bons vocais em “1 + 1″ até a faixa para baladas “Countdown”, e a animada End of Time, uma das que ela não lançou como single, mas deveria tê-lo feito. A excelente lentinha I Miss You, no entanto, foi uma colaboração de Frank Ocean, colocando Beyoncé num nível acima dos outros, enquanto eles tentam alcançá-la.
Quando “4″ foi lançado, em junho, a crítica não foi tão boa. Na época, Beyoncé estava colhendo os louros de sua performance como headliner no Glastonbury, que deixou 70.000 pessoas de boca aberta com muitos hits e muita presença de palco. As músicas mais retrô do “4″ realmente enganaram a algumas pessoas, porque, à época do lançamento, não pareciam um avanço na carreira de Beyoncé. Acontece que o “4″ não é imediato. A maioria das músicas pop são instantâneas, efêmeras; ao mesmo tempo que essa é uma boa característica do pop, ela também é ruim, porque faz com que ele não perdure. “4″ é o som de uma estrela mundial, que nos mostra que ela veio para ficar.
Original em: http://www.guardian.co.uk/music/series/albums-of-2011

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